quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Nós somos o que lemos?

Filtrar durante a leitura é essencial / foto: internet
Lemos porque gostamos, porque amplia a nossa visão, porque expande nosso vocabulário, dinamiza o raciocínio e a interpretação, e outros, porém, muitas coisas que lemos, tiramos o exemplo do que deve ou não ser colocado em prática.

A leitura permite que descubramos um mundo novo, repleto de novidades. Com certeza já ouvimos alguém dizer “Quem lê muito, escreve bem, ou fala bem”. Dúvidas que podem ser sanadas pelo simples ato de ler e ficar mecanizado em nossa mente.

O filtrar na leitura é muito importante. Que a literatura influência diretamente nossas vidas eu não tenho dúvida. Posso citar um exemplo de um cristão, que faz da bíblia a sua espada. Ele se transforma pelos princípios que estão inseridos no livro. Às vezes leva um tipo de vida totalmente contrário àqueles preceitos, mas ao lê-los, passou a mudar seus hábitos, posturas diante de alguns fatos, seu vocabulário e daí por diante.

Você é o que lê? O que você lê? Você acredita no que lê? Pratica o que lê? Guarda o que lê? Filtra o que lê?  Transmite o que lê?

Como disse André Maurois: “A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde”.

Se você lê um bom livro, coloque em prática e seja o que lê!

Por Fernando Júnior
fernandolelisjr@gmail.com

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Um “Zé” diferente dos outros

Ele acorda por volta das 05h00, enquanto todos estão ainda num sono pesado. Debaixo do braço a palavra que nos instrui. Faz a higiene pessoal e no silêncio caminha em direção a um lugar tranqüilo, onde ninguém será incomodado. Ao ouvir o som de um violão, guitarra ou teclado, com passos morosos retorna ao quarto, pega o seu instrumento, um antigo triângulo de metal, que gera o barulho “tengo-lengo” e se achega aos demais.


Sr. Zé -  homem temente e cheio do espírito de Deus.

Ainda em silêncio, sempre balança a cabeça em concordância com os irmãos. Almoça, faz novamente a higiene pessoal, tira o tradicional cochilo e me faz o seguinte pedido: “Se por acaso você ouvir algum som vindo de lá, me avise pra eu poder também participar”. Confesso que durante minutos meditei no favor que ele me pediu e o seu rosto ficou martelando em minha mente durante todo o dia, mas algo me chama a atenção. Não era apenas mais um rosto
.

Uma expressão de felicidade, de boa vontade em servir e fazer o que gosta, de sempre querer mais e ao mesmo tempo sempre grato por “tudo” que tem. Dentro dele algo ardente, que por mais que esteja com a saúde debilitada e com o vigor limitado de quem possui a idade avançada,  faz com que ele tenha força o suficiente, pra aguentar, por exemplo, ficar numa vigília que começa devagar e aos poucos vai mudando o ritmo, até que jovens de 15 a 22 anos, começam a pular e gritar de alegria gerada por Deus e lá na frente está ele, de pé, em silêncio e abençoando os mais imaturos na fé.

Não sei seu sobrenome e nem a idade certa (aproximadamente 75 anos). Sei que com ele, eu aprendi a ser cada vez mais grato a Deus, pois sua frase sincera expressada durante todo o dia, marcou aqueles que estavam ao seu redor. “O que Deus faz está bom demais”.


* Veja abaixo o vídeo do retiro 2013